Confira os principais tipos de pianos e as suas características


O piano é um dos instrumentos mais tradicionais que existem. É também um dos poucos que transcenderam a barreira do clássico para o popular, sendo utilizado por músicos em ambos os contextos ao longo da história. Para muitos, é o perfeito mecanismo para composições, justamente por apresentar uma série de possibilidades harmônicas, melódicas e rítmicas.

Nesse sentido, quem ama música e deseja se aprofundar no assunto não pode deixar de conhecer mais sobre esse clássico instrumento. É fundamental entender seu funcionamento interno, seus componentes e os diferentes tipos de piano para que você consiga escolher o melhor para sua necessidade.

Acompanhe o artigo e saiba mais sobre esse tema!

Como funciona um piano?

Criado em 1709, na Itália, por Bartolomeo Cristofori, o piano se tornou um instrumento muito relevante para a música europeia da época. Foi o principal mecanismo de composição e execução de grandes nomes, como Chopin e Beethoven. Surgiu como uma evolução do cravo, por apresentar sensibilidade à dinâmica e uma complexidade maior no seu funcionamento.

Logo, o piano começou a ser usado tanto para performances solo como para acompanhamento. Depois, ganhou a música popular também, se fazendo presente em estilos como jazz, rock, bossa nova, entre outros. É importante mencionar que o instrumento foi modernizado para uma versão mais portátil e eletrônica: o teclado. Contudo, falaremos sobre as divisões de tipos e sobre piano ou teclado mais adiante.

O piano permite uma visão completa dos aspectos musicais, por isso, é ideal para composição. Não à toa, é preferido por líderes de orquestras, maestros, arranjadores e grandes compositores. A partir da criação do piano, pode-se definir as partes de outros instrumentos.

Existem várias configurações para as combinações das mãos esquerda e direita, por exemplo. Em uma delas, o pianista pode usar a mão esquerda para acordes de base, enquanto sola e desenvolve frases musicais com a direita.

Em outra, pode usar a mão esquerda para fazer o baixo, enquanto a direita executa os acordes principais. Por conta disso, é possível simular vários instrumentos em um piano — o que torna sua estrutura perfeita para performances solo.

Estrutura

O piano é visto por muitas pessoas e leigos como um instrumento de teclas. Contudo, os mais técnicos consideram o instrumento como um de cordas, mais próximo de um violino e de um violão. Isso porque dentro de sua estrutura existem cordas que são pressionadas a partir do toque da tecla.

A mecânica do piano funciona basicamente assim: as teclas são pressionadas e seu ataque faz com que um martelo atinja as cordas, produzindo o som necessário. Por essa razão, o piano precisa ser afinado, assim como outros instrumentos de cordas também. Em um piano de 88 teclas, por exemplo, existem mais de 200 cordas correspondentes.

As partes são as teclas, a harpa, a tábua harmônica, as cordas e os pedais. As teclas são divididas em pretas e brancas, com as 12 notas de uma escala cromática: brancas são as notas naturais, ao passo que as pretas são os sustenidos, acidentes musicais. Elas podem ser tocadas separadamente para gerar um efeito melódico e monofônico ou integradas para formar os acordes, em um senso mais harmônico.

A harpa é o composto de ligas metálicas que sustentam as cordas do instrumento. A aparência dessas ligas é semelhante à de uma harpa mesmo, ajudando a controlar a tensão dessas cordas e do peso delas. A tábua harmônica, por sua vez, é responsável pela amplificação do som, com madeiras que ajudam a tornar o som mais expansivo.

As cordas são diferentes a depender da frequência do som. Quanto mais grave o som, mais grossa a corda. Quanto mais agudo o som, mais fina a corda. Teclas graves (localizadas do lado esquerdo do piano) estão conectadas a cordas únicas. Teclas agudas estão ligadas a mais de uma corda. Já as cravelhas são responsáveis pela afinação do piano, e o cepo é a parte onde as cravelhas são afixadas.

Por fim, temos os pedais. Em um piano mais tradicional, são três: o pedal de sustentação, à direita, o pedal central e o pedal surdina, à esquerda. O de sustentação é responsável por manter o som contínuo e prolongado mesmo depois do ataque nas teclas (e nas cordas). É muito útil para gerar um som mais forte, em legato, que preenche mais o espaço, com notas que se unem umas às outras.

O pedal central cumpre a função de suavizar o som. Contudo, ele só suaviza as notas que são tocadas depois que o pedal for acionado, tornando-as secas e curtas. Ou seja, com o pedal pressionado, as notas perdem a sustentação e deixam de soar depois que o músico deixa de tocar na tecla.

O pedal surdina tem a função definitiva de tornar o som mais maleável e suave. Ele faz isso ao diminuir o número de cordas que serão tocadas ao mesmo tempo pelo martelo. Se o componente atinge normalmente três cordas a fim de reproduzir uma nota, terá que atacar apenas duas. Isso gera um efeito de diminuição de volume e intensidade, o que pode ser interessante para a expressão artística e controle da dinâmica.

Quais são os principais tipos e suas características?

Vamos discutir aqui os principais tipos de piano e as características deles.

Piano acústico

O piano acústico é o que não depende de mecanismos eletrônicos de amplificação sonora. Não precisa estar conectado a nenhuma fonte de energia e depende exclusivamente de abordagens mecânicas de reverberação. Divide-se em piano de cauda e piano vertical (ou piano de armário).

De cauda

O piano de cauda é o instrumento maior, que possui a estrutura das teclas e uma estrutura em formato de cauda com a harpa, a tábua harmônica e as cravelhas. Por isso, é ideal para performances em locais maiores, uma vez que é mais complexo de transportar e posicionar. São bem encorpados, com um som mais alto, e são mais resistentes também. Precisam ser mantidos em locais abertos para evitar desafinação constante.

O funcionamento deles é marcado por martelos que tocam as cordas acima deles, de forma vertical, quando as teclas são pressionadas. Assim, quando a tecla deixa de ser tocada, o martelo volta para baixo, na posição inicial, pela ação da gravidade. Essa forma de friccionar as cordas ajuda na execução de notas repetidas.

Vertical (de armário)

Já o piano vertical é um instrumento menor, criado para armazenamento em residências e em espaços mais compactos. Possui uma sonoridade naturalmente diferente do piano de cauda, por apresentar menos profundidade no som. As estruturas de suporte podem ser de metal ou de madeira. Geralmente, são mais fáceis para transporte e tendem a ser mais baratos também.

O mecanismo de funcionamento é bem diferente também. Enquanto no de cauda o martelo age verticalmente, no de armário essa ferramenta age de forma horizontal, com uma mola para trazê-lo à posição inicial depois que uma tecla é pressionada.

Assim, uma das grandes questões que difere os pianos é o suporte a notas repetidas, com sequências em uma mesma tecla, por exemplo. Por conta da falta de ajuda da gravidade, pianos verticais podem apresentar uma dificuldade maior nessa questão. Contudo, isso não é uma regra: pianos de cauda mais antigos e em estado deteriorado podem ser ruins para tocar repetições também.

Piano digital

Os pianos digitais fazem parte da revolução musical, que trouxe ao mercado muitos instrumentos versáteis e modernos, com maior capacidade de controle.

Portátil

Os pianos digitais portáteis são simuladores do som de um piano acústico, só que são elétricos e consistem basicamente em uma estrutura mínima que comporta somente as teclas (sem cordas, portanto).

Contudo, o modelo portátil é muito comum atualmente em bandas dos mais diversos tipos por apresentar a facilidade de transporte e por ser mais compacto e barato.

Como o som e a tocabilidade são simulados, esses instrumentos não necessitam ser constantemente afinados. Eles lembram muito aquele que é a evolução moderna do piano: o teclado. Apesar das similaridades, existe uma diferença-chave: o piano não apresenta múltiplos sons, uma vez que o foco é fornecer uma experiência quase clássica.

Pianos de armário ou de cauda

A grande questão é que há pianos digitais que simulam os outros modelos em termos estruturais também: os pianos de cauda digitais ou pianos de armário digitais. São basicamente pianos de armário e de cauda com recursos digitais e interfaces de controle.

O que levar em consideração no momento da escolha?

Diante do que já vimos, existe uma dúvida: como avaliar os modelos existentes para chegar à escolha adequada? É o que discutiremos nos próximos tópicos.

Objetivo

Inicialmente, pondere sobre o motivo da sua compra. Tudo começa com um planejamento acerca do principal objetivo de ter um piano em sua casa. Se for aprendizado, para quem procura um piano para iniciantes, você pode optar por um piano vertical ou um digital. Se o foco for profissional, como quando se adquire um piano para prática depois de anos de experiência, o piano de cauda pode ser uma alternativa viável.

Até porque é fundamental destacar: a qualidade do produto escolhido dependerá muito do objetivo. Não há equipamentos perfeitos absolutamente, ou seja, é preciso entender qual é o contexto de uso.

Custos

Depois de avaliar o motivo da compra, pode-se avançar para a análise dos gastos, uma vez que eles devem ser considerados de acordo com o motivo. Em termos financeiros, os tipos de piano diferem bastante. O piano de cauda, por ser maior e durar muito mais (até séculos), é consideravelmente mais caro. Contudo, eles valem a pena se o objetivo for profissional.

Entretanto, é possível encontrar variantes de preço entre os próprios pianos de cauda. Existem modelos usados que podem ser mais baratos. A depender da condição e do estado do equipamento, isso varia. Então, o ideal é recorrer a especialistas na hora de adquirir um para evitar que se pague muito por pouco em retorno.

Pianos verticais tendem a ficar no meio-termo entre um digital e um de cauda. Já os digitais são os mais baratos, sendo que há uma variedade maior em termos de preço.

Estilo musical

O estilo de música é fundamental para definir qual piano você deve adquirir. Afinal, cada vertente musical apresenta características que pedem um certo tipo de som. No jazz mais clássico, por exemplo, é comum que haja um som de piano mais robusto, acústico, típico dos de cauda. Contudo, em variações modernas de jazz, é comum que haja suporte de instrumentos digitais e teclados.

No rock, existem alguns subgêneros que comportam pianos digitais também. Contudo, é quase impossível encontrar bandas de rock com pianos mais antigos. Na bossa nova, assim como no jazz, os modelos clássicos imperam também. No piano blues, da mesma forma. A música pop moderna não requer muito mais do que sons digitais, o que um modelo portátil pode suprir facilmente.

Local de instalação

Onde você vai colocar o seu piano? Essa é uma pergunta fundamental. Se há um espaço menor para colocá-lo no canto da casa, pode ser interessante um piano de armário ou um piano digital portátil. Se o local de armazenagem é um estúdio ou um espaço com facilidade de entrada de ar, um piano de cauda pode ser considerado.

Segurança e credibilidade da loja

Não podemos deixar de citar uma das dicas mais importantes quando se trata de comprar um novo instrumento: a segurança e a credibilidade da loja. É fundamental que você realize a aquisição em um local confiável, que tenha em sua equipe membros especialistas em tipos de piano para ajudar você na escolha do modelo ideal.

Além disso, é crucial contar com revendedores autorizados e empresas com consultores e com a devida experiência no mercado musical — que conheçam quem são os músicos e como eles pensam.

Afinal, isso será de extrema importância para que o cliente saia da loja com o produto certo. Se for o caso de uma compra online, a boa reputação e um bom atendimento farão com que as barreiras da compra virtual sejam eliminadas, de modo a proporcionar mais segurança. Ele sente que realmente está comprando certo, com as pessoas certas.

Entender os tipos de piano que existem e as principais diferenças entre eles é fundamental na hora de escolher o melhor modelo. Assim, você poderá aprofundar seus estudos nessa maravilhosa ferramenta musical e poderá aprender melhor sobre como ele funciona, bem como seus mecanismos e componentes.

Diante disso, na hora de comprar, é importante buscar os produtos certos na Teclacenter, que apresenta a devida segurança para quem quer adquirir instrumentos. A loja é pioneira no mercado de e-commerce de instrumentos musicais e dispõe de profissionais especializados para ajudar os consumidores no que for preciso.

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