23 de abril de 2009
Instrumentista, maestro, arranjador, compositor e produtor. Estas são apenas algumas funções desempenhadas por Marcos Pontes, conhecido simplesmente por Caixote. Considerado um dos principais tecladistas brasileiros, ele integra a Banda Domingão. O conjunto é comandado pelo tecladista e diretor musical Luiz Schiavon e conta com a participação de músicos consagrados, como o violonista Nil Bernardes, o baterista Anderson Batista, o baixista Gabriel Jacob e o guitarrista Marcinho Eiras.O interesse de Caixote pela música surgiu muito cedo, na época em que gostava de tocar bateria. A mudança para o piano não tardou. Com apenas 10 anos, começou a aprender a arte das teclas com o auxilio de seu pai - o maestro Aluísio Pontes. "Aos 12, costumava tocar em bailes com a banda Arco Íris", recorda. Depois, tornou-se produtor de uma famosa casa noturna de São Paulo, O Beco. "Foi uma experiência muito legal, pois tive contato com artistas mais velhos", conta. A partir daí, não parou mais.Caixote passou a atuar em projetos de variados estilos, demonstrando toda sua versatilidade musical. "Gravei muito samba, MPB e sertanejo", exemplifica. Entre os artistas com quem trabalhou, encontram-se Zezé di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone, Demônios da Garoa, Originais do Samba e Fafá de Belém, afora muitos outros.Atualmente, Caixote conta com quatro teclados Roland para ajudá-lo em suas produções: Fantom-G7, RD-700GX, Juno-Stage e VK-8M. Entretanto, o primeiro é o seu grande xodó. "Ele é muito rápido quando estamos nos apresentando, tornando seu uso fácil e prático", conta.
De que maneira conheceu os equipamentos Roland?No fim da década de 1970, costumava ensaiar e gravar em um estúdio chamado Dimensão 5. Eles traziam teclados dos Estados Unidos pagando uma fortuna. Foi nessa época que tive contato com os primeiros Roland, principalmente o Juno e o JX-8P. Esses modelos apresentam um tipo de "sujeira" no som que, por mais que outros imitem, não conseguem superá-los.
Qual a sua opinião sobre os teclados de última geração da Roland?O sintetizador serve para criar sons, dando um colorido às músicas. E no Brasil, é preciso ter esse tipo de equipamento com qualidade de samplers, já que não contamos com pianos decentes em estúdios. Os modelos Roland me surpreenderam, principalmente o Fantom-G, pois encontro sons maravilhosos de cordas e pianos.
Você usou alguns teclados Roland durante a gravação do último DVD da dupla Edson & Hudson. Como ocorreu esse processo?Tínhamos um piano acústico e dois sets de teclados Roland: um com RD-700GX, Juno-Stage e VK-8M, para sons de órgãos Hammond, e outro com Fantom-G, V-Synth GT e RD-300GX. Comparando o som, o RD-700GX não ficou devendo em nada para o piano acústico, impressionando-me por seus harmônicos. Durante a apresentação, tocamos tudo ao vivo, sem coisas gravadas. E o resultado ficou muito bom.
Como os teclados Roland influenciam o trabalho da na Banda Domingão?O Fantom-G7 permite que eu deixe toda a minha programação salva. E como no programa tudo acontece depressa, ele é muito rápido quando estamos nos apresentando, tornando seu uso fácil e prático. O Schiavon, por sua vez, usa um V-Synth GT, que tem um dos sons mais pesados que ouvi. Utilizei esse equipamento para fazer a trilha de um documentário sobre os Emirados Árabes, produzido pela minha esposa, e consegui fazer coisas inéditas, algo que seria impossível em outros synths ou softwares.
Quais são seus próximos projetos?Continuar na Banda Domingão, já que estamos sintonizados e não tomamos mais sustos com o Fausto (risos). Além disso, tenho um projeto de banda eletrônica, com synths e baterias da Roland, e outro de orquestra. Esse último, porém, ficará mais para frente.
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