Entenda as principais diferenças entre tom e semitom


Quando se começa a estudar música, alguns conceitos são essenciais, pois seu uso é muito frequente e eles também servem como base para o desenvolvimento de outros conhecimentos musicais. Portanto, dentre esses conceitos estão o tom e o semitom. Eles são importantes para quem quer tocar algum instrumento e também para a composição.

Dessa maneira, um tom em uma escala é a distância de dois sustenidos ou dois bemóis entre as notas. Não entendeu nada? Calma que fizemos um post para tirar as suas dúvidas sobre o assunto de uma forma simples. Vamos lá?

O que é escala natural?

Para entender o que é tom e semitom, sustenidos e bemóis, primeiro é preciso conhecer a escala natural. Sendo assim, ela é a escala básica para aprender a teoria da música e é formada por 12 notas musicais.

Aí está o segredo para compreender o nosso problema central. Você provavelmente cresceu ouvindo falar sobre as 7 notas musicais, cantava músicas quando criança e nelas só entravam o dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Contudo, entre algumas notas existem os chamados acidentes musicais.

Os acidentes musicais são um intervalo menor entre uma nota e outra. Imagine, por exemplo, o teclado de um piano. Ele tem as teclas brancas, com essas notas que você já conhece. Entretanto, além delas, também existem teclas pretas, que são os acidentes. Por isso, quando você precisa de uma nota mais aguda que o dó, mas não tanto quanto o ré, existe essa nota intermediária. Eles são os sustenidos e os bemóis.

Sustenidos e bemóis

Como dissemos, os acidentes musicais também têm um nome. Portanto, isso depende da sua perspectiva em relação à nota. Então, se você quer caminhar com a nota um pouquinho para frente na escala, ela receberá o nome de sustenido, representado pelo símbolo “#”. Ele é acrescentado à grafia da nota, por exemplo: C#, que é um dó sustenido.

Da mesma maneira, você pode pensar em caminhar com a sua nota para trás na escala e deixá-la mais grave. Portanto, nesse caso, será acrescentado um “b” — sempre minúsculo — na grafia, que se refere ao bemol. Ele é representado assim: Db, que é um ré bemol. Portanto, o acidente musical que está entre o dó e o ré pode ser chamado de dó sustenido ou de ré bemol.

O que é tom e semitom?

Depois de entender mais sobre a escala natural e os acidentes musicais, fica mais fácil compreender o tom e o semitom. Para isso, vamos retomar o conceito da escala natural. Sendo assim, essa escala com 12 notas pode ser maior ou menor, mas para este post vamos considerar apenas a escala maior como referência.

A escala natural maior de dó é formada pela seguinte sequência de notas:

  • dó;
  • dó sustenido;
  • ré;
  • ré sustenido;
  • mi;
  • fá;
  • fá sustenido;
  • sol;
  • sol sustenido;
  • lá;
  • lá sustenido;
  • si.

Você pode perceber que entre as notas existem os acidentes musicais, com exceção do intervalo entre mi e fá, além do si, que marca o fim da escala, também não ter um sustenido em sua sequência.

Isso acontece porque existe uma fórmula para essa escala que define os intervalos. Esses intervalos são exatamente o que nos interessa saber: o tom e o semitom. Lembra de que lá no começo dissemos que um tom é a distância de dois sustenidos ou dois bemóis entre as notas? Agora que você já conhece esses conceitos, isso pode ficar um pouco mais compreensível.

A fórmula para a escala maior natural é marcada pelo T de tom e o ST de semitom. Ela fica dessa forma: T-T-ST-T-T-T-ST. Nesse sentido, cada intervalo entre uma nota e o acidente é meio-tom ou um semitom.

Assim, entre o dó e o dó sustenido você tem um semitom de intervalo, de dó sustenido para o ré mais um semitom. Entre o dó e o ré você tem um tom. No caso do mi para o fá e do si para o dó que inicia a próxima oitava, se tratam de semitons naturais.

Como usar o tom e o semitom no instrumento?

A escala natural maior é uma referência importante para tocar os instrumentos. Por meio dela, você consegue encontrar as notas e também montar os acordes. Volte a imaginar o piano. Ao usar a fórmula da escala natural, se você encontrar um dó em qualquer lugar do teclado, saberá também onde estão todas as outras notas.

Outro bom exemplo são os instrumentos de corda. No caso do violão, em afinação padrão, a primeira corda solta é mi. Assim, se pressionarmos a primeira casa ela será um fá. A casa em sequência é o fá sustenido e assim por diante. Se você aplicar essa mesma lógica em um acorde de fá, por exemplo, pode ter outros acordes ao percorrer o braço do instrumento.

Compreender essa escala e a diferença entre o tom e o semitom é fundamental para conseguir executar as músicas, fazer os exercícios ou fazer as próprias composições. Com isso, você pode entender quando os símbolos aparecerem na cifra ou partitura e também consegue escrever as notas que desejar. Dessa forma, é uma base para avançar os conhecimentos em teoria musical e melhorar muito o seu desenvolvimento.

É importante considerar que, ainda assim, essas notas não contemplam a totalidade de possibilidades na música. Existem alguns instrumentos que têm intervalos ainda menores que um semitom, como aqueles que usam arco ou algumas flautas. Da mesma maneira, pelo canto é possível alcançar outras notas.

Dessa forma, esses conhecimentos são importantes para a leitura de cifras e partituras e ajudam muito a identificar as notas no instrumento. Além de estudar sobre a teoria musical, é importante também conhecer bem os instrumentos e entender o que precisa ser considerado na hora de realizar a sua compra, para fazer a melhor escola.

Como vimos, tom e semitom são conceitos fundamentais para a música. Assim, entendê-los é muito importante para melhorar o aprendizado e evoluir nos estudos da teoria musical e também na execução. Isso ajudar a trazer mais autonomia e precisão na hora de tocar.

Entenda mais sobre como comprar instrumentos musicais com segurança e saiba se é preciso testar antes.

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