Maciej Pikulski – solista, músico de câmara e acompanhador


7867cd_99c13fe047254a4a96474c196ac113092Seja como solista, músico de câmara ou pianista acompanhante, o polonês Maciej Pikulski se destaca no cenário da música erudita por reunir características aplaudidas pela crítica internacional, como “sensibilidade poética” e “técnica poderosa”, ao mesmo tempo em que é aclamado como “músico magnífico” e “grande pianista”

A verdade é que o músico já se apresentou em quase 30 países, pelos cinco continentes e, interessado nos aspectos pedagógicos de sua profissão, ministrou masterclasses na China (Shanghai), no Brasil (São Paulo), na Índia (Bombay), no Conservatório Nacional Superior de Música de Paris, na Academia de Música de Amsterdã, em Montpellier e em Strasbourg, além de ser professor efetivo do Conservatório Superior de Música de San Sebastian, na Espanha.

Nascido em Cracóvia, na Polônia, Pikulski diplomou-se em piano, música de câmara e acompanhamento pelo Conservatório Nacional Superior de Música de Paris e, discípulo de Dominique Merlet, continuou seus estudos como solista sob a orientação de Clive Britton, ex-aluno de Claudio Arrau. Como músico de câmara, criou um dueto com o violoncelista Raphael Chrétien, e tocou com alguns dos maiores músicos europeus, como Sonia Wieder–Atherton, Sylvia Markovici, Marc Coppey, Olivier Charlier, Laurent Korcia e Gérard Caussé, entre outros. Além disso, iniciou uma carreira como pianista de acompanhamento dos maiores cantores do mundo: José van Dam, Renée Fleming, Dame Felicity Lott, Maria Bayo (é seu pianista acompanhante exclusivo desde 2006), Patricia Petibon e Mireille Delunsch. Essa pluralidade de experiências e atividades o levou a ser convidado para recitais, concertos e festivais por todo o mundo.

 

A Polônia tem sido berço de vários ótimos pianistas, de Chopin a Rubinstein, até você. A que se deve essa tradição?
Acredito que vários países têm uma forte tradição musical, como França, Itália, Alemanha, Russia e muitos outros. O que é certo é que os poloneses são particularmente tocados por Chopin. São orgulhosos de que seu compatriota compôs algumas das mais belas peças de música da história humana e, talvez, sintam uma espécie de vontade interior e dever de tocar essa música. Também criaram uma excelente escola de piano. Talvez o orgulho e amor de Chopin os ajudaram a sobreviver durante os momentos difíceis da história da Polônia no século 19 e 20. Mas se você me pergunta sobre grandes artistas, não há regras. Gênios podem nascer em qualquer lugar. Arthur Rubinstein era polonês. Sviatoslav Richter, russo. Martha Argerich é argentina e Nelson Freire, brasileiro. Claudio Arrau era chileno e Glenn Gould, canadense. E por aí vai…

 

 

A qual escola pianística deve sua técnica?
Na verdade, tive vários professores de diferentes técnicas, de modo que a técnica de piano que uso é uma espécie de mistura, um pouco de escola russa, um pouco de polonesa, e também francesa, alemã e americana.

Como é sua rotina de estudos?
Como a maioria dos artistas, minha maneira de praticar é intuitiva. A velocidade com a qual eu assimilo uma peça, sua emoção, arquitetura e virtuosismo, pode ser muito diferente de uma composição para outra. Normalmente, primeiro tento tocar a peça em sua velocidade final, a fim de compreender como quero que soe e o que quero expressar. Depois, pratico lentamente durante um período de tempo para entender tecnicamente como quero alcançar essa expressão. Então, volto para a velocidade final e me gravo tocando. Se estou satisfeito, decoro a música. E, então, vou ouvir grandes intérpretes. Mas todos os artistas têm afinidades mais emocionais com algumas composições e, nesse caso, a assimilação pode ser mais rápida, mais natural e mais fluida.

 

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