10 tendências que vão remodelar o mercado da música


Você já parou para pensar nas tendências que vão remodelar o mercado da música daqui para frente?

Pois é, esse tipo de mudança é extremamente necessária para a evolução deste ramo.

Desde o surgimento da música, ela passou por diversas mudanças e descobertas para termos o que conhecemos hoje, seja em formas de escutá-las, produzi-las e até mesmo cantá-las.

No último relatório feito pelo IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), é possível ver o crescimento do mercado fonográfico, além das grandes mudanças em seu funcionamento.

A partir do Global Music Report 2019, é possível ver que algumas tendências começaram a dar dicas de como se sairão nos próximos anos.

O mercado fonográfico atingiu 19,1 bilhões de dólares e demonstrou que será a grande aposta do mundo da música daqui para frente.

Pensando nisso, decidimos criar um post mostrando 10 tendências que prometem remodelar o mercado da música.

O Streaming já tomou o lugar das rádios

De alguns anos para cá, a audiência jovem tem abandonado o rádio e migrando para o streaming.

Entre pessoas de 16 a 19 anos, apenas uma parcela de 39% ainda escuta rádio, enquanto 56% deles preferem o Youtube para escutar música.

O cenário da rádio foi ainda mais agravado após o surgimento dos podcasts, dos quais conquistaram um grande espaço na vida de muitas pessoas, principalmente o público mais velho.

Streaming com preços ajustados

Conteúdos exclusivos, como os que estão presentes na Netflix, por exemplo, fizeram com que seus preços conseguissem acompanhar a inflação, enquanto as plataformas que oferecem serviços de música ficaram abaixo destes aumentos.

O grande desafio encontrado por esses tipos de serviço é o fato de encontrar formas de agradar e manter seus clientes, além de conquistar novos usuários.

Com o principal foco sendo os novos assinantes, os streamings acabam ajustando seus preços, para que possam manter-se atrativos.

Um grande investimento para remodelar o mundo da música do Spotify seguiu o investimento dos podcasts e mostrou ser uma das principais saídas para seu crescimento.

Espaço nos catálogos

Os grandes nomes musicais sempre consideraram os catálogos um fundo de investimento.

No entanto, como a grande maioria dos anúncios é composta por músicas desta década, existe uma inversão dos valores.

Essa inversão demanda de muitos esforços de reavaliação de catálogos por parte dos grandes selos musicais.

O Selo como Serviço (LAAS – Label as a service)

Atualmente nós vivemos uma era de artistas independentes, que se apóiam em serviços como Amuse, Splice, Instrumental e CDBaby.

Com isso, é possível ter um espaço para uma terceira parte mediar a interação do artista com o público, fora do sistema tradicional.

Os selos precisam se reinventar, explicitando para os artistas o seu valor e evitando uma evasão.

Serviços do tipo pessoal dedicado, mentoring e suporte de artistas e repertório (A+R) precisam ser melhores comunicados para as pessoas deste ramo.

Fratura da Cadeia de Valor

Além do LAAS, outras “quebras” na cadeia tradicional podem ser visíveis para o mundo da música.

Todos deste ramo querem ampliar sua participação no mercado, como os serviços de streaming assinando contratos diretamente com os artistas e os selos lançando seus próprios serviços de assinatura.

A tendência é que essas mudanças se tornem cada vez mais complexas, em um cenário onde todos serão concorrentes em várias frentes.

O avanço das grandes empresas da tecnologia

Alguns exemplos das grandes empresas da tecnologia são a Amazon e a Apple, das quais ampliam seus serviços e buscam mudar o mercado da música, oferecendo todo o tipo de entretenimento, como filmes, séries e games.

Pouco tempo atrás, essas empresas decidiram que a música seria mais uma opção de seus serviços e buscam conquistar a atenção de seu público, mesmo em um cenário competitivo.

Culturas Globais no mundo da música

Os streamings são responsáveis por apresentar a cultura global da música para outros países.

Um exemplo é o Youtube, que impulsionou a música latina para todo o mundo e esse tipo de atitude pode ser cada vez mais comum, vindo do Spotify em parceria com a T-Series, um movimento que promete trazer a cultura indiana para outros lugares.

A grande dificuldade está em entender se o artista é de fato uma tendência global ou um reflexo de uma grande base de fãs regionais.

No mercado antigo da música, os grandes artistas cantavam em inglês, no entanto, hoje em dia, podemos ver uma divisão de línguas dentre as estrelas mais relevantes do ramo.

Esse é o caso do crescente cenário de rap na Alemanha, França e Holanda, com nomes locais que vem marcando cada vez mais presença na música.

Apostando em singles

Alguns anos atrás o foco dos artistas era lançar álbuns. Porém, nos dias de hoje, eles abandonaram esse formato para atender o sistema de singles freqüentes que os streamings criaram.

Desta forma, os artistas conseguem manter uma grande base de fãs que ficarão empolgados com seus próximos lançamentos.

Os álbuns ainda são importantes para os artistas, no entanto, os singles têm marcado uma grande presença nas plataformas digitais, ficando com a preferência do público.

Economia no Pós-Albúm

Os selos precisam acelerar a sua adaptação ao cenário econômico pós-albúm, descobrindo como manter suas margens neste formato mais fragmentado do mundo da música.

Ao mesmo tempo, é muito importante que se continue a realizar investimentos similares em marketing e na construção da imagem do artista, o que será uma boa forma de mudar o mundo da música que conhecemos hoje.

Buscando um novo formato para o mundo da música

Antes dos anos 2000 o mercado de discos estava á todo o vapor, se baseando em um formato já bem estabelecido e sucedido, do qual ainda não tinha um sucessor.

20 anos depois, podemos nos deparar com um cenário parecido com o streaming. Os dias da troca de formatos acabaram (como no caso do vinil), afinal, não usamos mais a mídia física como antigamente.

No entanto, não tivemos uma mudança relevante no modo de consumo de música, o que leva ao mercado monetizar as bases de fãs.

Com essas tendências o mundo da música pode facilmente ser remodelado em poucos anos, levando esta arte a um novo patamar e apresentando formar de apreciá-la que ainda não usamos ou nem sequer conhecemos.

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